quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Nada é para sempre.

Certa vez, uma amiga me disse que a nossa relação é o que mais se aproxima do 'pra sempre' dela. Eu achei isso muito forte... porque fez muito sentido pra mim. Eu nunca tinha parado pra pensar, porém o que eu posso comparar a essa duração é só a relação que eu tenho com a minha família mesmo. E família a gente não escolhe. É realmente incrível que quatro crianças que se conheceram por volta de 1994 estejam juntas até hoje.

Bem, como não deve ser difícil de se imaginar, nós passamos por várias fases juntas. (Não uso o termo 'fase' com o intuito de diminuir o que está sendo vivenciado, “Ah, isso é uma fase.”, mas sim com o intuito prático de dividir as coisas que a vida coloca pra gente.) Agora, o que se apresentou para nós foi a fase do namoro.

O que se passa é que, por uma série de acontecimentos, eu comecei a perceber que eu, a amiga eterna, estava sendo deixada de lado pelos machos alfa. O fato de eu não fazer sexo com elas se coloca de tal forma que eles são a prioridade agora. Obviamente, não se trata apenas de sexo, eu estou sendo irônica e grosseira afinal, falo de dentro.

Contudo, os acontecimentos foram tão bem costurados, que eu sou obrigada a aceitar. Em um curtíssimo espaço de tempo, não um, nem dois, nem três, nem oito, mas todos (.) todos os meus amigos começaram a namorar e todos eles tiveram a mesma atitude. O pior (e o melhor) disso é que, se tudo não tivesse sido colocado de uma forma tão gritante como essa, eu talvez nunca fosse capaz de aceitar.

Aceitar que, mais cedo ou mais tarde, chega um momento em que outras coisas aparecem na vida das pessoas. Eu só estou aqui me lamentando porque, nesse contexto específico, eu sobrei; mas, em tantos outros, eu me deleitei. E quem bate esquece, mas quem apanha não esquece de jeito nenhum.

Não existem os vilões negligentes e as vítimas apegadas, todos nós temos oportunidades para agir e agimos como tais. Porque na vida há tempo para o paciente perder a paciência, para o belo tornar-se feio e para todos os outros elementos revelarem o seu antônimo. O tempo não pára e é ele o responsável pela morte de tudo aquilo que é vivo. Como não pensar que tudo na vida é temporário, se a própria vida é?

“Amor, meu grande amor, só dure o tempo que mereça.”